Dia após dia, o mundo parece igual.
Tudo na minha vida muda e eu vou sendo diferente do que fui.
Mas continuo a pensar de maneira igual.
A mudança obriga à ação.
Mas, interiormente, os meus sentimentos continuam doridos.
Aos poucos e poucos vou-me libertando.
Mas mantenho por perto a mágoa.
Não quero libertar-me da mágoa porque foi o único sentido que pude dar ao que fui vivendo na minha meninice.
Ficou, então, o único pensamento que soube conceber que tivesse algum sentido.
E isso ficou para sempre.
Por mais que tenha feito ao longo da minha vida, esse foi o sentimento que sempre me acompanhou e que sempre fui demonstrando.
Hoje sei que não preciso de o demonstrar.
Hoje sei que não quero, nem posso, esperar que o compreendam. Ninguém o iria compreender.
É o meu próprio pensamento, fruto da minha imaginação e das minhas necessidades.
Este pensamento só me serve a mim. Serviu-me para justificar a minha existência. Por isso, não peço a ninguém para viver a minha vida como também não quero que me peçam para viver a vida dos outros.
Esta minha sentença custou-me a conquistar.
É em mim que guardo os significados da coisas que fui dando para justificar a incompreensão de viver o mundo onde nasci.
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quarta-feira, 5 de outubro de 2016
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